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- Categoria: Plásticos de Engenharia
"Também conhecido como: Politetrafluoretileno." Formas Disponíveis: Chapas, Tarugos, Tubos, Buchas, Películas, Fitas, Monofilamentos, Gaxetas, Revestimentos, etc. Características: O PTFE é amplamente utilizado em todos os segmentos da indústria devido às suas inigualáveis propriedades de: Inércia química; Excelente resistência térmica, com temperatura de serviço de 260 ºC; Baixo coeficiente de atrito; Excelentes propriedades elétricas. Mas, a crescente exigência de performance...
Descrição
"Também conhecido como: Politetrafluoretileno."
Formas Disponíveis:
Chapas, Tarugos, Tubos, Buchas, Películas, Fitas, Monofilamentos, Gaxetas, Revestimentos, etc.
Características:
O PTFE é amplamente utilizado em todos os segmentos da indústria devido às suas inigualáveis propriedades de:
- Inércia química;
- Excelente resistência térmica, com temperatura de serviço de 260 ºC;
- Baixo coeficiente de atrito;
- Excelentes propriedades elétricas.
Mas, a crescente exigência de performance mecânica pela indústria, criou a necessidade de combinar as propriedades do PTFE às de cargas minerais e metálicas, visando elevar as propriedades mecânicas deste notável polímero; surgindo assim os materiais carregados em PTFE.
Em geral, o uso de material carregado melhora a resistência do desgaste, reduz a taxa de fluência e deformação inicial, aumentando a dureza e a condutividade térmica, e diminui o coeficiente de expansão térmica.
Apesar de inúmeras cargas poderem ser incorporadas ao PTFE, a quase totalidade das exigências das aplicações são alcançadas em sete tipos de carga:
- Fibra de vidro.
- MoS2
- Carbono
- Cerâmica
- Grafite
- CaF2
- Bronze
As propriedades dos compostos estão extremamente relacionadas com a quantidade de carga incorporada.
Na Tabela 1, você encontrará esses valores para os mais comuns compostos carregados.
Em geral, a escolha de uma determinada carga é guiada por:
Fibra de Vidro
Pequenas fibras de sílica (SiO2) com 13 micra de diâmetro, que melhoram a resistência à fluência ("creep resistance") tanto em altas quanto em baixas temperaturas, aliadas a uma boa resistência ao desgaste e a resistência química notável, excetuando-se bases fortes e HF, boa estabilidade dimensional. As propriedades elétricas do PTFE são pouco afetadas. É comum encontrarmos problemas com descoloração de peças a partir de PTFE carregado com fibra de vidro (principalmente na parte externa de grandes tarugos ou lençóis de PTFE com fibra de vidro).
A fibra de vidro usada nos compostos carregados de PTFE possui um tratamento especial que reduz esta descoloração.
Carbono
O carbono amorfo (coque de petróleo ou coque parcialmente grafitado) é uma das cargas mais inertes, excetuando-se ambientes oxidantes onde a fibra de vidro possui melhor performance. Aumenta a resistência ao desgaste na presença de água.
Quando em combinação com grafite, constitui a melhor opção para anéis de pistão não-lubrificados.
Fibra de carbono
A fibra de carbono em geral traz os mesmos benefícios que a fibra de vidro, ou seja, possui menos deformação à carga, maiores módulos de flexão e compressão, e uma maior dureza. Em geral uma quantidade menor de fibra de carbono irá produzir o mesmo efeito produzido por uma quantidade maior de fibra de vidro.
Pode ser usado com bases fortes e HF, onde a fibra de vidro não é recomendada.
Quando utilizados na mesma proporção, compostos de fibras de carbono terão melhor e menor expansão térmica que compostos de fibras de vidro, além de serem mais leves.
É amplamente utilizada como assento deslizante ou anel de vedação, como, por exemplo, em bombas de água e amortecedores, respectivamente.
Grafite
É uma modificação cristalina do carbono com alta pureza, sintético e de formato irregular.
Os carregados de grafite possuem um dos menores coeficientes de fricção, aliados a uma excelente resistência ao desgaste, principalmente contra metais nobres.
Alia altas cargas a altas velocidades de contato, sendo ainda inerte quimicamente.
Geralmente está combinando com outras cargas.
Bronze
Liga de Cu/Su:9/1, que quando incorporada ao PTFE forma um composto com condutividade térmica e resistência à fluências superiores à maioria de outros compostos.
Muito utilizado em sistemas hidráulicos bem como em pistas deslizantes de máquinas operatrizes.
Não é indicado em aplicações elétricas.
Alguma descoloração nas peças em bronze ocorre nos processos de sinterização sem nenhum impacto na qualidade da peça.
MoS2
Aumenta a dureza e rigidez do PTFE, aliado a uma redução da fricção, muito bom para aplicações elétricas, visto que pouco afeta as propriedades elétricas do PTFE.
Boa inércia química, dissolvendo-se apenas em ácidos fortes e oxidantes.
Esta carga é excelente para aplicações do tipo intermitente e suporta altas pressões, sendo o mais indicado para desgaste a seco.
Geralmente é incorporado com outras cargas e sua concentração não ultrapassa 5%. Compostos em MoS2 necessitam cuidados especiais de fabricação.
Cerâmica ou alumina (Al2O3)
Geralmente utilizado para aplicações elétricas, pois é um excelente isolador elétrico.
É um material bem duro, e a usinagem da peça acabada deve ser evitada.
Peças de formato complicado devem ser feitas por moldagem isostática.
Fluoreto de Cálcio (CaF2)
É uma carga usada como alternativa a meios corrosivos que atacam a fibra de vidro como HF e bases fortes. Fluoreto de cálcio de alta pureza é também utilizado para aplicações elétricas.
Pigmentos
É possível pigmentar o PTFE com pigmentos inorgânicos que suportam temperaturas de 400 ºC. Os pigmentos não trazem mudanças significativas nas propriedades do PTFE.
Carga | Vantagem | Desvantagem |
Fibra de Vidro | Resiste à oxidação, bom para meios ácidos, boas propriedades elétricas e estabilidade dimensional. Resina de uso geral | Atacada por bases fortes. |
Carbono | Inerte, boa resistência ao desgaste a seco e com água. Boa condutividade térmica. | Ruim para meios oxidantes, baixa propriedades de tensão e elongação. |
Grafite | Baixa fricção, inerte, melhora a resistência ao desgaste e fluência, melhor para contato com metais moles, geralmente incorporado com outras cargas. | Alto desgaste com metais duros. |
Bronze | Resistência à compressão e dureza melhoradas, menor fluência, baixo desgaste e fricção, alta condutividade térmica e fácil de usinar. | Baixa resistência química e condutor elétrico. |
MoS2 | Superfície dura, lubricidade, melhora desgaste a fricção, suporta altas pressões, excelente em aplicações a vácuo, intermitentes e desgaste a seco. | Difícil de processar. |
Cerâmica | Excelentes propriedades mecânicas e elétricas. | Difícil de ser usinado. |
CaF2 | Alternativa à fibra de vidro em ambientes alcalinos e HF. Bom para aplicações elétricas. | Checar se absorve umidade. |
Propriedades Mecânicas | Unidade | Valor | Método de Ensaio |
Densidade | g / cm | 2,14 - 2,2 | DIN 53479 |
Resistência a ruptura | dN / mm | 200 - 350 | DIN 53455 |
Alongamento até ruptura | % | 200 - 400 | DIN 53455 |
Tensão de Alongamento 10% | dN / mm | 110 - 120 | DIN 53455 |
Módulo E de tração | dN / mm | 7500 | DIN 53457 |
Módulo de Cisalhamento | dN / mm | 2700 | DIN 53457 |
Limite de escoamento 1% | dN / mm | 100 | - |
Limite de escoamento 10% | dN / mm | 185 | - |
Tensão limite de flexão | dN / mm | 180 - 200 | DIN 53452 |
Resistência à flexão | dN / mm | Sem ruptura | DIN 53452 |
Resistência ao impacto | 10 dN. mm / mm | Sem ruptura | DIN 53453 |
Resistência ao impacto com entalhe | dN. mm / mm | 160 | DIN 53453 |
Coeficiente de flexão alternada | Carga alternada | >10 | DIN 53374 |
Dureza Shore | Shore D | 55 - 59 | DIN 53505 |
Coeficiente de atrito: PTFE / PTFE Seco Estático Dinâmico PTFE / PTFE - Lubrificado com óleo PTFE / AÇO - Lubrificado com óleo |
- | 0,09 0,09 0,04 - 0,07 0,02 - 0,06 |
- |
Resistência à compressão | - | - | DIN 53454E |